você nunca vai entender

e se quer saber como me sinto
tente entender por que perco a linha

se quer saber como me descontrolo em silêncio
tente descobrir por que vejo sinais nas contradições

se um dia decidir pensar por que saio da superfície,
tente imaginar o que é transformar emoções em precipícios
e não vejo motivos para te contar por que piso nas
flores e
guardo os cacos e vidro na gaveta

você teria que entender por que atiro nas memórias
e rasgos os segundos em que estávamos juntos
e você nunca vai entender por que eu leio os signos e
nunca deixo de lado a ortogra fia

e se começo a perder os sentidos
fujo do que é certo e justi co meus erros aceitavelmente
para todos (até para mim)
repito a mesma história
você nem precisa mentir para mim para me iludir
justi co os dias falidos e escondo a dignidade conscientemente...